sexta-feira, 24 de março de 2017

Esboço da Lição 13 - Uma vida de frutificação - 1º Trimestre de 2017 (VIDEO)

Esboço da Lição 13 - Uma vida de frutificação - 1º Trimestre de 2017 (VIDEO)


Este artigo é de propriedade intelectual da Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Pernambuco (IEADPE). Sua reprodução, parcial ou total deverá ser acompanhada da citação da fonte, conforme artigo 184 do Código Penal – Lei n° 9.610-98 sobre os Direitos Autorais que diz: A violação por qualquer meio, de obra intelectual, no todo ou em parte, para fins de comércio, sem a autorização expressa do autor ou de quem o represente é crime contra a propriedade intelectual.

Esboço da Lição 13 - Uma vida de frutificação - 1º Trimestre de 2017


Texto: (Jo 15.1-6)
INTRODUÇÃO
Nesta última lição deste trimestre, destacaremos à luz de João 15 que Jesus se identificou com uma videira, o Pai como o agricultor e os crentes como os ramos que estão nele ligados. Tal metáfora tem o propósito de nos mostrar que a partir do momento que aceitamos a Cristo fomos enxertados nele e que estando nessa posição podemos gerar os frutos que glorificam o Pai que está nos céus.
I – A METÁFORA DA VIDEIRA
O Evangelho de João registra sete vezes a declaração de “Eu Sou” proferidas por Jesus. Ele usa essa construção para fazer asserções sobre si mesmo como o “pão da vida” (Jo 6.35), a “luz do mundo” (Jo 8.12), “a porta” (Jo 10.7), “o bom Pastor” (Jo 10.11), “a ressurreição e a vida” (Jo 11.25), o “caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6), “a videira” (Jo 15.1). Zuck (2008, p. 202) diz que “cada uma dessas metáforas ilustra algum aspecto da pessoa e da obra de Jesus”. Analizemos João 15.1, quando Jesus disse: “Eu sou a videira verdadeira [...]” . Vejamos nesta metáfora quais a figuras que a compõe e seus significados:
1.1 Cristo é a videira. Jesus identifica-se nesta mefáfora como a videira (Jo 15.1-a). Esta é uma planta cultivada no mundo inteiro por seus deliciosos frutos, as uvas. Talvez Ele tenha proferido este sermão logo após a comemoração da Páscoa e instituição da Ceia, onde junto com os seus discípulos haviam tomado “o fruto da vide” – o vinho (Mt 26.27-29; Mc 14.25; Lc 22.18). Sobre essa ilustração Champlin (2004, p. 652) diz: “a videira é um organismo vivo, que supre vida a outros organismos vivos. Assim também sucede no caso de Cristo, que vive mas também outorga vida a outros. Wycliffe (2007, p. 722), por sua vez acrescenta dizendo: “como a videira verdadeira”, Ele provê a vitalidade necessária para a frutificação”. Quando Jesus usa a expressão “videira verdadeira” para descrever a si mesmo, implicitamente faz também alusão a “videira falsa”. Em Habacuque 3.17 é dito que as árvores frutíferas que não dão fruto “mentem”.
1.2 O Pai é o lavrador. O lavrador ou agrilcultor dessa ilustração é uma figura do Pai: “[...] meu Pai é o lavrador”. A expressão “lavrador” segundo Aurélio (2004, p. 1189) significa: “aquele que trabalha na lavoura”. Champlin (2004, p. 539) diz que “Deus Pai é comparado aqui ao proprietário da vinha, que pessoalmente pode ocupar-se em podar as videiras”. Para se cultivar uma vinha era necessário bastante esforço. Isaías fez uma descrição vívida do trabalho envolvido no preparo, plantio e cultivo de uma vinha (Is 5.1-7). Deus é o proprietário e tratador da videira. Henry (2008, p. 988) diz que: “Deus tem não somente a propriedade da videira e de todos os ramos, mas também o cuidado deles. Ele cuidou de Cristo, a raiz, e o sustentou, e o fez florescer em uma terra seca (Is 53.2). Ele cuida de todos os ramos, e os poda, e os vigia, para que nada os danifique”.
1.3 Os crentes são os ramos. Aqueles que nasceram de novo são comparados aos ramos ou galhos desta videira: “Eu sou a videira, vós as varas” (Jo 15.5-a). A princípio não estávamos enxertados em Cristo, mas quando recebemos a Cristo como nosso Salvador fomos enxertados pelo Espírito Santo em Cristo. Paulo usando outra metáfora tratou desta verdade dizendo: “e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado […], e feito participante da raiz e da seiva da oliveira” (Rm 11.17). Este ato é chamado de Batismo (1 Co 12.13; Gl 3.27). Gilberto (2008, p. 187) diz: “o Espirito Santo realiza esse batismo espiritual no momento da nossa conversão, inserindo o crente na Igreja”. 
1.4 O Espírito Santo é a seiva. Embora não encontremos diretamente a citação da participação do Espírito na metáfora da videira verdadeira proferida por Jesus, por inferência, vemos a sua atuação na figura da seiva que corre por dentro da árvore espalhando-se para os ramos. Paulo nos diz que fomos feitos participantes da seiva (Rm 11.17). A palavra “seiva” segundo Aurélio (2004, p. 1823) é “um líquido que círcula no organismo vegetal”. A função da seiva é transmitir a vida da árvore para os ramos a fim de que possam produzir frutos. Semelhantemente o Espírito Santo em nós comunica-nos a vida de Cristo, habitando em nós (Jo 3.6-8; Jo 14.17; I Co 6.19), nos levando a produzir frutos (Gl 5.22). 
II – AS ATITUDES DO AGRICULTOR EM RELAÇÃO A VIDEIRA
Além de plantar a videira, é responsabilidade do agricultor cuidar dela, afim de que seus ramos possam atingir o objetivo da frutificação. Vejamos quais as atitudes do agricultor que ilustram o cuidado do Pai em relação à sua igreja:
2.1 Corta a que não dá fruto. O propósito do ramo é dar fruto; se o ramo não faz isso, não tem valor algum para o lavrador, tornando-se inútil: “toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira” (Jo 15.2-a). Diversas vezes a Bíblia exorta quanto a possibilidade de Deus cortar pessoas que não dão fruto. Vejamos: (a) João Batista afirmou que o machado está posto a raiz das árvores que não produzem bons frutos (Mt 3.10); (b) Jesus também exortou aos falsos profetas sobre isso (Mt 7.19,20); em forma de parábola o Mestre exortou aos judeus, comparando-os como uma figueira que há três anos não dava frutos ao seu proprietário, correndo o risco de ser cortada (Lc 13.1-9). Paulo, por sua vez, disse que embora os judeus fossem ramos naturais, por causa da incredulidade foram desligados da oliveira (Rm 11.7-a; 11.20-a). O apóstolo aproveitou para exortar aos gentios que não se ensoberbecessem por terem sido enxertados na oliveira, mas que considerassem a bondade e a severidade de Deus. Pois se Deus cortou os naturais por causa da rebeldia, quanto mais não o fará com os enxertados (Rm 11.20-22). Não podemos ser estéreis nem dar frutos maus (2 Pe 1.8; Ef 2.10).
2.2 Limpa a que dá fruto. Além de cortar os ramos que não dão frutos, é responsabilidade do agricultor limpar os ramos que dão fruto “e limpa toda aquela que dá fruto” (Jo 15.2-b). Esse processo é chamado de poda. O Aurélio (2004, p. 1584) diz que “podar” significa: “cortar ramos ou folhas de plantas”. Esse processo pode ser chamado de santificação progressiva, onde Deus retira dia a dia da nossa vida, algumas coisas que não se coadunam com a conduta de um cristão verdadeiro. E isto, é claro exige a nossa participação (Lv 20.27; I Pe 1.15-16; 2 Tm 2.21; Hb 12.14; Ap 22.11). Jesus deixou claro que a poda com o ramo frutífero tem um objetivo definido: “para que dê mais fruto” (Jo 15.2-c). Jesus disse que somos limpos pela palavra “vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado” (Jo 15.3). A palavra é como a tesoura do agricultor que remove áreas infrutíferas da nossa vida (Hb 4.12; Ef 6.17). Champlin, (2004, p. 654) diz: “não pode haver fruição, presente ou futura, sem a poda, isto é, a disciplina (Hb 12.5-7)”.
III – TRÊS CONDIÇÕES PARA DAR FRUTO
 Já vimos que o agricultor proporciona todas as condições necessárias para que o ramo produza frutos, no entanto ele pode ainda assim não produzir. Este portanto, é um problema do ramo (Jo 15.2). De igual forma, o Pai, nos dá todas as condições para que possamos produzir o fruto do Espírito. Ele nos ligou a Cristo, nos fazendo participantes da raiz e da seiva (Rm 11.17). Todavia, se faz necessário a nossa colaboração (Gl 5.16). Champlin (2004, p. 654) afirma que: “a produção espiritual se dá pelo labor do Espírito, mas deve contar com a cooperação da vontade humana (Gl 5.22; Fp 2.12; Tg 2.22)”. Portanto, os ramos só podem dar os devidos frutos se atenderem alguns pré-requisitos, a saber:
3.1 Estar na videira. Assim como os ramos não podem frutuficar se não estiverem ligados a videira, Jesus explica que o homem por si só não pode produzir suas características morais sem estar nele “Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim” (Jo 15.4). Paulo chama as virtudes de Gálatas 5.22 de fruto do Espírito, corroborando com o ensinamento de Cristo de que tais qualidades são produzidas pelo Espírito no homem quando este nasce de novo (2 Co 5.17; Tg 1.18; 1 Pe 1.23). A expressão “estai em mim, e eu em vós”, fala de ligação, comunhão. Isto significa dizer que: um ramo separado da árvore, seca e morre. De igual forma se não estivermos em Cristo cultivando diariamente uma vida de comunhão nossa vida secará e não conseguiremos produzir os devidos frutos “se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem” (Jo 15.6).
3.2 Depender da videira. Dentre as muitas lições que Jesus quis ensinar com esta metáfora a mais destacável delas foi a humildade: “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). Assim como o ramo é totalmente dependente da árvore para existir e produzir frutos, seus discípulos também são. Sem Cristo, o que produzimos é obra da carne (Gl 5.19-21). Somente com ele produzimos o fruto (Gl 5.22). É necessário entender que a parte mais importante da árvore não é o ramo para gerar o fruto, mas a árvore e principalmente a raiz, pois a árvore sobrevive sem ramo, mas o ramo não sobrevive sem a árvore. Todos os membros do corpo são importantes mas nenhum deles supera a importância da cabeça. Pois nenhum corpo sobrevive sem cabeça. Cristo é chamado de raiz e de cabeça, devido a sua importância vital (Is 11.1; 53.2; Rm 11.18; Ef 1.22; 4.15; 5.23; Cl 1.18; 2.10). 
3.3 Permanecer na videira. Jesus disse que era necessário o ramo permanecer na videira para poder frutificar (Jo 15.9,10). O verbo “permanecer” segundo o Aurélio (2004, p. 1542) significa: “persistir, perseverar, insistir”. Na parábola do semeador Jesus disse que a semente que caiu em boa terra “são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom, e dão fruto com perseverança”  (Lc 8.15). Se descuidarmos do nosso contato constante com Cristo, deixaremos de frutificar. A Bíblia está repleta de exortações quanto à perseverança, por exemplo: a perseverar na fé (2 Co 13.5; Hb 10.38.39); na oração (Rm 12.12; Ef 6.18); na santificação (Fp 3.13,14; 2 Jo 1.9); no amor (Jo 15.9); no verdadeiro evangelho (I Tm 4.16); e, por fim, em Cristo (1 Jo 2.28).
CONCLUSÃO
Estar, depender e permanecer são três atitudes que todos aqueles que professam a sua fé em Cristo devem tomar, a fim de que possam pelo Espírito Santo produzir os frutos que revelam que de fato estamos nele e Ele em nós. Esta aula nos ensinou: qual a nossa posição: “somos ramos”; condição: “somos dependentes”; e, responsabilidade: “dar frutos”.
REFERÊNCIAS
BRUCE, F.F. João: Introdução e comentário. MUNDO CRISTÃO
CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. POSITIVO.
GILBERTO, Antonio. O fruto do Espírito: a plenitude de Cristo na vida do crente. CPAD.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.  CPAD.
ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. CPAD.

Este artigo é de propriedade intelectual da Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Pernambuco (IEADPE). Sua reprodução, parcial ou total deverá ser acompanhada da citação da fonte, conforme artigo 184 do Código Penal – Lei n° 9.610-98 sobre os Direitos Autorais que diz: A violação por qualquer meio, de obra intelectual, no todo ou em parte, para fins de comércio, sem a autorização expressa do autor ou de quem o represente é crime contra a propriedade intelectual.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Esboço da Lição 12 - Quem ama cumpre plenamente a lei divina - 1º Trimestre de 2017


Texto: (Rm 12.8-14)
INTRODUÇÃO
Nesta lição aprenderemos com o apóstolo Paulo, que o amor é a suprema virtude cristã e não um mero sentimento como é difundido pela sociedade hodierna; que o amor como fruto do Espírito, só encontra guarida na vida daquele que é nascido de novo (1Jo 4.7,8); também destacaremos a abrangência dessa virtude na vida cristã, e por fim, veremos algumas das suas características.
I – O AMOR E O SEU SIGNIFICADO À LUZ DA BÍBLIA
Em função de conceitos errôneos a respeito dessa palavra em nossos dias, e em virtude de que há alguns termos que também são traduzidos por amor nas Escrituras, precisamos ter em mente o conceito empregado por Paulo, quando fala do amor como virtude do fruto do Espírito. Notemos:
1.1 Definição do termo. Do grego “agape”, como substantivo aparece 116 vezes, e como verbo “agapao” aparece 142 vezes no Novo Testamento (CHAMPLIN, 2004, p. 139); trata-se de: “uma virtude que predispõe alguém desejar o bem de outrem; uma preocupação altruísta”. É a palavra característica do cristianismo, usada no Novo Testamento para descrever: (a) a atitude de Deus para com o seu Filho (Jo 17.26), para com o gênero humano, em geral (Jo 3.16; Rm 5.8), e para com aquele que crê no Senhor Jesus Cristo, em particular (Jo 14.21); (b) a atitude que deve haver entre os irmãos (Jo 13.34: 1Jo 4.21) e para com todos os homens (1Ts 3.12; 1Co 16.14; 2Pe 1.7); e (c) a natureza essencial de Deus (1Jo 4.8,16) (VINE, 2002, p. 395 – acréscimo nosso).
1.2 Como atributo Divino. Esse é o atributo de Deus mais “conhecido” e infelizmente também mal entendido por muitos, pois, fundamentados em um conceito errado justificam suas práticas pecaminosas, apoiando-se no amor divino “[…] Deus é amor” (1Jo 4.8); usando em alguns casos de forma errônea, a conhecida expressão: “Deus ama o pecador e aborrece o pecado”, como se essa frase estivesse afirmando absolutamente, que Deus abomina apenas a prática e não pune o praticante. A Bíblia declara que a ira de Deus é revelada contra toda impiedade (Rm 1.18); também fala da ira Divina contra os indivíduos que vivem na prática do pecado (Sl 5.5,6; Rm 2.5). O amor de Deus não pode ser separado nem isolado da Sua santidade (Rm 11.22). A Bíblia destaca alguns aspectos do amor de Deus: (a) Ele é imparcial (Dt 10.17;At 10.34; Rm 2.11); (b) universal (Jo 3.16); (c) eterno (Jr 31.3); (d) inesgotável (Ef 3.17-19); (e) sacrificial (Ef 5.25; Hb 7.27) (WILLMINGTON, 2015, p. 39).
1.3 Como fruto do Espírito. Paulo declara que o amor como é a maior das virtudes cristãs (1Co 13.13; Cl 3.14); por esse motivo, instruiu os crentes de Éfeso sobre a importância do amor como alicerce da vida do cristão (Ef 3.17; 4.2,16; 5.2; 6.23). Numa análise do fruto do Espírito, apontando o amor como o aspecto destacado do mesmo fruto, escreve o Dr. Boyde: “Gozo é o amor obedecendo. Paz é o amor repousando. Longanimidade é o amor sofrendo. Benignidade é o amor mostrando compaixão. Bondade é o amor agindo. Fé é o amor confiando. Mansidão é o amor suportando. Temperança é o amor controlando” (OLIVEIRA, 1987, p. 140 – acréscimo nosso). O amor é o solo onde são cultivadas as demais virtudes espirituais (Gl 5.22); é a prova da verdadeira espiritualidade e tem início na regeneração (1Jo 4.7,8); é  uma marca distintiva de quem pertence à família de Deus (Mt 5.44,45; Jo 14.21; 15.10). O amor como característica do fruto do Espírito, consiste de querer para os outros, aquilo que queremos para nós mesmos, é a dedicação ao próximo e isso por meio do Espírito Santo (Rm 5.2); o amor inspira e vitaliza a fé (Gl 5.6); de sorte que o cumprimento da lei é o amor  “O amor não faz mal ao próximo […]” (Rm 13.10).
II – AS TRÊS DIMENSÕES DO AMOR
2.1 A dimensão vertical: amor em direção a Deus. Amar a Deus é nosso maior dever e privilégio; pois, devemos amar a Deus de todo o nosso coração, alma, forças e entendimento (Dt 6.5; Mt 22.37; Mc 12.29,30,33; Lc 10.27). A palavra “coração”, como é usada na Bíblia, não se refere ao órgão físico; diz respeito ao nosso ser interior, envolvendo nosso espírito e alma. Devemos amar a Deus com toda a nossa mente, intelecto, vontade, força e emoções. Quando amamos a Deus com amor “agape”, também amamos tudo o que é dEle e tudo o que Ele ama. Amamos sua Palavra, seus filhos, sua obra, sua igreja, etc (Sl 26.8; 119.97,159; 1Jo 5.1). O teste deste amor é a obediência, o amor cristão tem Deus por seu objeto primário, e se expressa em obediência aos Seus Mandamentos (Jo 14.15,21,23; 15.10; 1Jo 2.5). Jesus disse: “Se me amardes, guardareis [obedecereis] os meus mandamentos” (Jo 14.15). “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda [obedece], este é o que me ama […]” (Jo 14.21). “[…] se alguém me ama, guardará [obedecerá] a minha palavra […] Quem não me ama não guarda [obedece] as minhas palavras” (Jo 14.23,24). 
2.2 A dimensão horizontal: amor em Direção ao próximo. Não podemos amar ao próximo com amor “agape”, a menos que amemos a Deus primeiramente. É o Espírito Santo que produz o fruto em nós; que nos capacita a cumprir o segundo maior mandamento da lei: “[…] Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lv 19.18-b). Em sua primeira epístola, o apóstolo João enfatizou a importância do amor na dimensão horizontal (1Jo 4.7,8,12,20). É pelo amor ao próximo que somos conhecidos como discípulos: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35). É pelo amor como fruto do Espírito que demonstramos que passamos da morte para a vida: “Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte” (1Jo 3.14). É pelo amor que demonstramos que somos nascidos de Deus: “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1Jo 4.7). É pelo amor que demonstramos que conhecemos a Deus: “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” (1Jo 4.8); também nos impulsiona a ajudar o próximo (1Jo 3.17,18). O amor “agape” nos capacita a amar não apenas os nossos amigos, mas até  nossos inimigos (Lc 6.27-36).
2.3 A dimensão interior: amor a si mesmo. Talvez pareça estranho e até egoísta para alguém a verdade de que devemos amar a nós mesmos, contudo, o amor “agape” implica em amar a si, pois quando Jesus disse que devemos amar nosso próximo como a nós mesmos (Mt 22.39; Mc 12.33; Lc 10.27); ele reconheceu que é natural cuidarmos de nossas  necessidades humanas (Mt 6.31,32); e que o amor como fruto do Espírito, faz também com que nos preocupemos com o nosso eu espiritual (1Tm 4.16). Devemos nos ver como Cristo nos vê, como pecador salvo pela graça, como ser humano feitos à semelhança de Deus, criado para glorificá-lo. Cada uma destas três dimensões do amor são dependentes uma das outras (GILBERTO, 1995, pp. 38,39 – acréscimo nosso).
III – CARACTERÍSTICAS DO AMOR 
3.1 Sincero (Rm 12.9). O amor como fruto do Espírito tem como marca a sinceridade e pureza; por essa razão sua manifestação dever ter esse traço sem fingimento ou hipocrisia (2Co 6.6); não deve possuir máscara, o amor não deve ser teatral, antes deve ser autêntico, genuíno. O apóstolo João expressa esse mesmo pensamento quando escreve: “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade” (1Jo 3.18). De acordo com Champlin:  “O crente deve ser sincero, e não um ator na vida. Seu amor precisa ser autêntico, genuíno, sem fraude e espetaculosidade, não desempenhando meramente um ato conveniente, que exiba por alguma razão inerentemente egoísta” (2005, p. 816). 
3.2 Afetuoso (Rm 12.10). Paulo usa neste versículo duas palavras gregas para amor respectivamente: “philadelphia” e “philostorgos”; a primeira descreve o amor fraternal, ou seja, o amor de irmãos e irmãs uns pelos outros; a segunda descreve a afeição natural que sentimos pelos nossos familiares, tipicamente o amor dos pais pelos filhos. Ambas as palavras eram aplicadas a relações de sangue dentro da família humana. Devemos amar nossos irmãos em Cristo como amamos os membros da nossa família de sangue (LOPES, 2010, pp. 408,409). O amor aos irmãos é sinal de que possuímos a vida eterna, conforme aprendemos: “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte” (1Jo 3.14; 1 Ts 5.9; Hb 13.1; 1Pe 1.22; 2 Pe.1.7).
3.3 Sofredor ou Paciente (1Co 13.4). A palavra grega “makrothumia” é paciência esticada ao máximo. O amor é paciente ou “longânimo” e lento para irar-se, e não se ofende ante o primeiro insulto. Quem ama tem um ânimo longo. O amor é paciente com as pessoas. Ele tem a capacidade de andar a segunda milha; quando alguém o fere, ele dá a outra face; ele não paga ultraje com ultraje (1Pe 2.23; Ef 4.2); “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1Co 13.7).
3.4 Benigno (1Co 13.4). A palavra “benigno” dá a ideia de reagir com bondade aos que nos maltratam e ser doce para com todos. Ser benigno do grego “chrestotes” é ter um tipo de bondade e de cortesia que vem do coração e que representa a contrapartida ativa da paciência. (BEACON, 2006, p. 345). A pessoa que a lei da amabilidade está em seus lábios; seu coração é grande e sua mão está aberta. Ela está pronta para mostrar favores e praticar o bem; procura ser útil; e não somente aproveita oportunidades para fazer o bem, mas as busca (Rm 2.4; 2 Co 6.6; Gl 5.22; Tt 3.4).
CONCLUSÃO
Todas as nossas atitudes se não estiverem fundamentadas no verdadeiro amor, não tem valor algum, pois ele é vínculo da perfeição (Cl 3.14); uma dívida que temos para com o próximo “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros […]” (Rm 13.8-a); e quem exercita o amor como fruto do Espírito cumpre a lei (Rm 13.8,10).
REFERÊNCIAS
BEACON. Comentário Bíblico Romanos a 1e 2 Coríntios. CPAD.
CHAMPLIN, Norman. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. HAGNOS.
LOPES, Hernandes dias. Comentário Expositivo Romanos. HAGNOS.
OLIVEIRA, Raimundo. As Grandes Doutrinas da Bíblia. CPAD
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
VINE, W.E et al. Dicionário Vine. CPAD.
WILLMINGTON, Harold L.Guia de Willmington para a Bíblia-Vol.2. ACADÊMICO.

Este artigo é de propriedade intelectual da Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Pernambuco (IEADPE). Sua reprodução, parcial ou total deverá ser acompanhada da citação da fonte, conforme artigo 184 do Código Penal – Lei n° 9.610-98 sobre os Direitos Autorais que diz: A violação por qualquer meio, de obra intelectual, no todo ou em parte, para fins de comércio, sem a autorização expressa do autor ou de quem o represente é crime contra a propriedade intelectual.

domingo, 12 de março de 2017

GESTOR LOCAL: SEVERINO LOURENÇO BARBOSA

SEVERINO LOURENÇO BARBOSA

PASTOR PRESIDENTE: AILTON JOSÉ ALVES


A Igreja Assembleia de Deus em Pernambuco está sob a liderança do pastor Ailton José Alves, desde outubro de 1998.
Nascido em 18 de agosto de 1953, na cidade de Timbaúba/PE, tem se dedicado incansavelmente no trabalho do Senhor. Ainda adolescente, aos 14 anos, inicia sua trajetória pregando o Evangelho, sendo logo indicado para cooperar na lista de culto local, na região de Jardim São Paulo e adjacências, onde residia. Foi maestro de corais e comissões de Círculo de Oração em diversas congregações, professor e dirigente de Escola Dominical.No ano de 1974, foi separado para o diaconato e, em 1976, consagrado ao presbitério. Em 1980, foi ordenado Ministro do Evangelho, como evangelista, recebendo a ordenação de pastor em 1984.
É casado com Judite Maria da Silva Alves (filha do saudoso pastor José Leôncio da Silva) e pai de três filhos: Pr. Ailton José Alves Júnior, Drª Ana Cláudia e Pr. Jefferson Nafis.
O pastor Ailton José Alves foi o primeiro missionário da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, enviado à República da Argentina, no ano de 1981, para a cidade de Mar del Plata, onde permaneceu até 1989, deixando estabelecida naquela nação uma Igreja sólida e doutrinada que já completou 30 anos de fundação.
Pouco tempo depois de retornar ao Brasil, assumiu a Assembleia de Deus em São Lourenço da Mata, no interior do estado, e, após nove anos e seis meses à frente daquela igreja, marcados pela evangelização e formação de novos obreiros, foi escolhido para assumir a liderança da Assembleia de Deus em todo o Pernambuco, em 6 de Outubro de 1998.
Sob a direção e vontade de Deus, o pastor Ailton José Alves é o presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus (IEADPE) e da Convenção das Assembleias de Deus em Pernambuco (CONADEPE), conduzindo conduzindo de forma exemplar o rebanho do Senhor neste Estado.

FONTE:http://www.ieadpe.org.br

sábado, 11 de março de 2017

Esboço da Lição 11 - Vivendo de forma moderada - 1º Trimestre de 2017


Texto: (1Jo 2.12-17)
INTRODUÇÃO
Nesta lição traremos uma definição de moderação; veremos que o domínio próprio é a capacidade efetiva que o cristão deve ter de controlar seu corpo e sua mente; pontuaremos que a dimensão final do fruto do Espírito é a temperança ou autocontrole, isto é, a autodisciplina; e, por fim mostraremos que o auto-controle é a capacidade de ser moderado e equilibrado, de dominar o ego e controlar a si próprio. 
I – DEFINIÇÃO
No grego, a palavra temperança é “enkráteia”, que significa: “moderação, temperança, equilíbrio, autocontrole, disciplina, domínio próprio”. A palavra vem do grego cuja raiz significa “pegar”, segurar”, designa uma pessoa que segura a si mesma, que se mantém no pleno controle de si mesmo sobre os próprios desejos e paixões (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5; 2Pe 1.6) (LOPES, 2011, p. 250). O crente, que aceita que o Espírito Santo o transforme segundo a imagem de Jesus, desenvolverá esta virtude em todas as áreas da vida (2Co 3.18). O fruto da temperança, domínio próprio ou autocontrole como é conhecido, não é simplesmente natural ou aprendido por meios de cursos, mas somente é concedido através da presença real do Espírito Santo na vida da pessoa (2Tm 1.7). Paulo afirma que “todo atleta em tudo se domina” (1Co 9.25) quando está treinando (HORTON, 1996, p. 492).
II - MODERAÇÃO: O DOMÍNIO PRÓPRIO
Em contraste com as obras da carne, o fruto do Espírito possibilita uma vida digna e honrosa diante de Deus e da sociedade: “buscai ao Senhor, vós todos os mansos da terra […] buscai a mansidão [...]” (Sf 2.3; ver Ef 4.2). Vejamos:
2.1 A temperança implica dominar os desejos e moderar os hábitos diários. O fruto da temperança abrange a renúncia aos desejos ou prazeres pecaminosos. O domínio próprio aplica-se à disciplina que os atletas exercem sobre o próprio corpo (1Co 9.25) e do domínio cristão do sexo (1Co 7.9). No grego corrente aplica-se à virtude de um imperador que jamais permite que seus interesses privados influam no governo do povo. É a virtude que faz ao homem tão dono de si, que é capaz de ser servo de outros. A moderação baseia-se no autocontrole e nas moderações encontradas naqueles que vivem para a Glória de Deus (2Co 5.15; Cl 3.1-3) (BARCLAY, 1988, p. 56).
2.2 O domínio próprio é a capacidade de governar nossos próprios desejos. Diferente da pessoa que anda na carne, o servo do Senhor deve mostrar o domínio próprio (Gn 4.7; Pv 16.32; 25.28; At 24.25; 1Tm 3.2; Tt 2.2; 2Pd 1.6). “As três últimas qualidades do fruto do Espírito dizem respeito ao ser interior: a) fidelidade (confiabilidade); b) mansidão (o uso correto de poder e autoridade); e, c) domínio próprio (autocontrole). Paulo adverte que o fruto precisa do ambiente certo para se desenvolver (Gl 5.25, 26). Assim como determinado fruto na natureza não cresce em todo tipo de clima, também o fruto do Espírito não pode se desenvolver na vida de todos os cristãos” (WIERSBE, 2007, p. 941).
2.3 A temperança realiza no cristão o inverso das maquinações e obras iníquas da carne. A velha natureza é até capaz de simular algum fruto do Espírito, mas a carne jamais será capaz de produzir esse fruto. Uma das diferenças é que, quando o Espírito produz fruto, Deus é glorificado… mas quando é a carne que opera, a pessoa orgulha-se interiormente e se sente realizada com os elogios de outros. O trabalho do Espírito é nos tornar mais semelhantes a Cristo para a glória dele, não para o louvor dos homens (WIERSBE, 2007, p. 941).
2.4 O domínio próprio é o controle que o cristão exerce sobre sua vida. É a autodisciplina sobre suas palavras e atos (Tg 3.2). É a virtude que nos dá as condições para controlar nossa vida, nos capacitando a negar nossos desejos carnais. A pessoa que aprende a se auto-dominar é capaz de vencer os vícios e maus hábitos que governam suas vidas. O domínio próprio nos induz a refrear a sensualidade e a usar todas as coisas com moderação (1Co 6.12), e quem tem domínio próprio se auto-domina (1Co 9.25), e não permite que sentimentos e desejos o controlem; antes, controla-os, não se permitindo dominar por atitudes, costumes e paixões.
2.5 O domínio próprio é o controle de si mesmo sob a orientação do Espírito Santo. Deus anela que o crente tenha domínio próprio: “Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens [...]” (Fp 4.5), pois este fruto capacita o crente a renunciar a impiedade (Tt 2.11,12; 1Pd 4.2; 1Jo 2.16,17). Ele nos ajuda a dominar nossas fraquezas, e submetermo-nos à sua vontade (Jo 3.6; Rm 8.5-9). Sem o auxílio do Espírito de Deus, nossas inclinações naturais cedem facilmente aos desejos pecaminosos. O propósito divino é que os cristãos tenham uma vida equilibrada espiritual, físico e emocional.
III – MODERAÇÃO: A TEMPERANÇA SOB O CONTROLE DO ESPÍRITO
Essa temperança, autocontrole ou domínio próprio não é algo natural, é uma ação do Espírito Santo em nossas vidas como um delimitador para nós; é deixar ser controlado pelo Espírito Santo. Notemos: 
3.1 Moderação: controlando os desejos e paixões. Todos nós estamos sujeito aos desejos pecaminosos; a fim de podermos seguir a orientação do Espírito Santo, devemos, decididamente, enfrentá-los e crucificá-los (Gl 5.24). Esses desejos incluem pecados evidentes como imoralidade sexual, incluem, também, outros que são menos óbvios, como hostilidade, ciúme e ambição egoísta. Para se viver de modo que agrade ao Senhor, é preciso crucificar as paixões que brotam na carne e as concupiscências, e ter a certeza de que Deus sempre nos dá o êxito (1Co 15.57; Gl.5.24).
3.2. Temperança: vivendo no equilíbrio do Espírito. Ser temperante é ter uma vida equilibrada, é viver com moderação. Isto significa que devemos evitar os extremos de comportamento ou expressão, conservando os apropriados e justos limites. O único caminho para nos libertarmos de nossos desejos pecaminosos é deixar-nos ser guiados por intermédio do poder recebido do Espirito Santo (Rm 8.9; Ef 4.23,24; Cl 3.3-8).
3.3. Autocontrole: andando segundo o Espírito. Andar “segundo o Espírito” é estar sempre consciente de que estamos na presença de Deus, e nEle confiarmos para que nos assista e conceda a graça de que precisamos para que a sua vontade se realize em nós e através de nós. É impossível obedecer à carne e ao Espírito ao mesmo tempo (Gl 5.17,18). Se alguém deixa de resistir, pelo poder do Espírito Santo, a seus desejos pecaminosos e, pelo contrário, passa a viver segundo a carne, torna-se inimigo de Deus (Tg 4.4). 
IV – A MODERAÇÃO E OS DESEJOS DA CARNE
4.1. O domínio próprio neutraliza os desejos da carne. O desejo de Deus é que todos vivam de modo correto, exercendo o autodomínio, não cedendo as tentações, procurando ter um coração mais puro e santo. Ter o pensamento voltado nas coisas de Deus é indispensável para sufocar os desejos da carne. Pois, são tantos os meios que podem nos distanciar da presença de Deus. Quando não há domínio próprio nos pensamentos, nas palavras e ações, logo aparecerá o mau testemunho (Pv 15.1; 1Co 10.31; Fp 4.8). 
4.2. O domínio próprio conduz a santificação. Para termos domínio próprio temos que deixar ser primeiramente dominados pelo Espírito Santo que é agente de santificação na vida do homem. A santificação é uma obra de Deus, com a cooperação do homem (Fp 2.12,13; 2Co 7.1). Para cumprir a vontade de Deus quanto à santificação, o crente deve participar da obra santificadora do Espírito Santo, ao cessar de praticar o mal (Is 1.16), ao se purificar “de toda imundícia da carne e do espírito” (2Co 7.1; Rm 6.12; Gl 5.16-25) e ao se guardar da corrupção do mundo (Tg 1.27; Rm 6.13,19; 8.13; Ef 4.31; 5.18; Tg 4.8).
4.3 O domínio próprio conduz a transformação. A santificação requer que o crente mantenha profunda comunhão com Cristo (Jo 15.4), mantenha comunhão com os crentes (Ef 4.15,16), dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl 4.2), obedeça à Palavra de Deus (Jo 17.17), tenha consciência da presença e dos cuidados de Deus (Mt 6.25-34), ame a justiça e odeie a iniquidade (Hb 1.9), mortifique o pecado (Rm 6), submeta-se à disciplina de Deus (Hb 12.5-11), continue em obediência e seja cheio do Espírito Santo (Rm 8.14; Ef 5.18).
V - A MODERAÇÃO EM ÁREAS ESPECÍFICAS DE NOSSA VIDA
A temperança pode significar virtude pela qual o homem consegue refrear a sua língua como também a moderação no comer e no beber. A temperança é uma necessidade para o bom viver do cristão e uma demonstração de que realmente provamos o novo nascimento (1Pd 3.4).
5.1 Controle da língua. A temperança começa com o controle da língua (Sl 34:13; Pv 13:3; Tg 1.26; 3.1-12). O cristão não deve se envolver em conversação torpe nem em palavras vãs (Ef 4.29; 5.4; 2Tm 2.25; Tg 1.21; 3.13).
5.2 Controle do tempo. O cristão não deve ocupar-se com atividades inúteis, mas deve ocupar-se com atividades edificantes (1Co 10.23). Jesus destacou a importância de usar nosso tempo (Lc 12.15-21,35-48). O crente equilibrado o dividirá entre a família, o trabalho, o estudo da Bíblia, a igreja, a oração, o descanso e o lazer. O indivíduo que desperdiça tempo em atividades inúteis, não tem domínio próprio (1Ts 5.6-8).
5.3 Controle da mente. O crente não deve pensar coisas vãs e infrutíferas, mas pensar tudo que é puro, justo e verdadeiro (Rm 13.14; Fp 4.8). No mundo de hoje, há muitas atrações e passatempos aparentemente inofensivos com o objetivo de afastar-nos de nossas responsabilidades para com Deus (1Ts 5.22). O que lemos, vimos, ou ouvimos causa impacto em nossa mente (2Sm 11.1-4), por isso precisamos da ajuda do Espírito Santo a fim de conservá-la pura (Sl 101.3).
CONCLUSÃO
O fruto da temperança suscitado pelo Espírito Santo opõe-se a todas as obras da natureza pecaminosa carnal e humana. Ao longo da vida terrena, precisamos exercer o governo disciplinado sobre os desejos da carne. O melhor antídoto contra as obras da carne é estar cheio do Espírito Santo, porque desta maneira estaremos sob o seu controle. 
REFERÊNCIAS
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.  CPAD.
BARCLAY, Willian. As obras da carne e o fruto do Espírito. Edições Vida Nova.
LOPES, Hernandes Dias. Gálatas: A carta da liberdade cristã. Hagnos.
WIERSBE, Warren W. Comentario Biblico Expositivo Mateus a Galátas. Geográfica.

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domingo, 5 de março de 2017

3ª SANTA CEIA REALIZADA NO TEMPLO MATRIZ EM JOÃO ALFREDO

Foi realizado no último sábado, dia 04 de Março de 2017, a celebração do 3º Culto de Santa Ceia do ano, no templo Matriz da IEADPE filial em João Alfredo. Sob a presidência do Pastor Aílton José Alves e na Gestão local do Evangelista Severino Lourenço Barbosa.

Celebração da Santa Ceia pelo Gestor Local fonte:própria





   No culto estava presente o irmão Theo Santos Saxofonista vindo do Recife.

 IEADPE – JOÃO ALFREDO