Neste artigo trago algumas sugestões de Leitura para que cada professor da Escola Bíblica Dominical, fazendo referência a lição deste trimestre, a qual tem por tema: A RAÇA HUMANA: ORIGEM, QUEDA E REDENÇÃO.
Como o apóstolo Paulo afirmou, " Se é ensinar, haja dedicação ao ensino." Rm 12.7a, caro professor, procure sempre se aprofundar o seu aperfeiçoamento no ensino das Sagradas Escrituras, tanto para o seu crescimento espiritual e aprofundamento da sua comunhão com cristo, como para o seu crescimento no conhecimento do texto Bíblico.
Bíblia Sagrada (de preferência a de estudo pentecostal)
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LIÇÃO 05 - A UNIDADE DA RAÇA HUMANA - 1º TRIMESTRE DE 2020 (At 17.22-28)
INTRODUÇÃO
Na
aula de hoje, estudaremos sobre a unidade da raça humana. Veremos o conceito de
unidade, pontuaremos sobre a unidade e diversidade humana, falaremos sobre a
universalidade do pecado, e por fim, ressaltaremos a necessidade da graça de
Deus para toda raça humana.
I– DEFINIÇÃO DEUNIDADE
O
dicionário define a palavra unidade como “a qualidade ou estado de ser um ou único”.
Adão é chamado de primeiro homem (Rm 5.12; 1Co 15.45; 1Tm 2.13). Já Eva, recebe
esse nome porque é: “a mãe de todos os viventes” (Gn 3.20). A Bíblia diz que Deus
fez o ser humano Adão, bem como todos os seres humanos depois dele: “e de
um só fez toda a geração dos homens para habitar sobre toda a face da terra” (At
17.26; Rm 5.14; Jd 1.14). Jó afirmou que foi feito por Deus: “O
Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo Poderoso me deu vida” (Jó
33.4). O salmista disse que foi gerado pelo Todo Poderoso: “cobriste-me no ventre de minha
mãe” (Sl 139.13). Zacarias afirma: “o SENHOR, o que estende o céu, e que funda
a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zc 12.1).
Malaquias lança o desafio: “Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos
criou um mesmo Deus” (Ml2.10).
1.1 Deus criou um único casal
no Éden. A Bíblia nos assegura que somos descendentes
de um único casal: Adão e Eva, (Gn 1.28). “A narrativa subsequente em Gênesis
mostra claramente que as gerações seguintes, até ao tempo do dilúvio, estiveram
em ininterrupta relação genética com o primeiro casal, de sorte que a raça
humana constitui, não somente uma unidade específica, uma unidade no sentido de
que todos os homens compartem a mesma natureza humana, mas também uma unidade
genética ou genealógica” (BERKHOF, 2000, p. 235). O apóstolo Paulo afirmou essa
realidade bíblica na pregação realizada no Areópago:“E de um só sangue fez toda a geração dos
homens, para habitar sobre toda a faceda terra.” – ACF - (At 17.26). É muito importante observar esse
texto, pois a doutrina da unidade humana rebate a ideiada existência de duas raças humanas criadas
por Deus; como também rejeita, à existência de uma raça pré-adâmica, assunto
que o texto sagrado nunca mostrou. Portanto, a Bíblia afirma, Adão como o
primeiro homem (Gn 1.26-28; 2.7,18- 24;Rm5.12;1Co15.45;1Tm2.13)nosentidodetodosdescendermosdeleedeEva,éoquedefatootextodeGênesis
3.20
diz: “E o homem deu à sua mulher o nome de Eva, por ser a mãe de todos os
seres humanos [...]” (NAA – Nova Almeida Atualizada).
II– A UNIDADE E A DIVERSIDADEHUMANA
Não
devemos esperar da Bíblia uma explicação científica da origem da raça humana.
Ela se restringe apenas a dizer que Deus fez o ser humano com capacidade
reprodutiva (Gn 1.28); e, que os descendentes de Adão são igualmente humanos,
embora diferentes entre si. Da unidade surgiu a diversidade. Notemos:
2.1Diversidade racial. Embora todos os homens descendam de Adão e Eva não há dois seres
humanos absolutamente iguais. O exame dos detalhes mostra, algumas distinções,
mesmo entre sósias ou gêmeos (Gn 25.24; 27.11). “Os antropólogos dizem que o
homem forma uma única espécie em contínua variação, isto é, polimórfica - com
marcantes variedades quanto a muitas características estruturais. Há diferenças
entre raças devido a pressões de adaptação local, impedimentos geográficos e,
em alguns casos, impedimentos sociais, que embargam o fluxo entre as
populações” (CHAMPLIN, 2004, p. 538 – acréscimo nosso). Nenhuma raça deve se
considerar inferior ou superior a outra, visto que todos descendem de Adão, e,
portanto, são obra das mãos de Deus (Dt 10.17; 16.19; Jó 34.19; At 10.34; Rm
2.11). Cristo morreu e com o seu sangue comprou para Deus homens: “de
toda a tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap5.9).
2.2Diversidade linguística. Quando Deus fez o homem, já o fez apto para falar (Gn 2.19-23). A
Bíblia acrescenta que até o evento da Torre de Babel, todos os homens falavam a
mesma língua como registra Moisés: “E era toda a terra de uma mesma língua e de
uma mesma fala” (Gn 11.1). Todavia, para embargar aquele projeto
orgulhoso, Deus confundiu as línguas, dando origem a outros idiomas. A partir
disso “é impossível dizer quantas línguas os homens já falaram, desde que o
fenômeno veio à existência. Muitos milhares de idiomas têm sido usados, têm
evoluído e têm desaparecido. Até mesmo quanto à atualidade, é difícil dizer-se
exatamente quantas línguas são faladas no mundo” (CHAMPLIN, 2004, p.828).
2.3Diversidade cultural. A palavra “cultura” significa: “o conjunto de comportamentos e ideias
característicos de um povo, que se transmite de uma geração a outra e que
resulta da socialização e aculturação verificadas no decorrer de sua história” (BURNS,
1995, p. 15). Foi a partir da linguagem diferente e por conseguinte da
dispersão que os povos começaram a criar seu próprio modo de vida distinto.
Logo, a cultura até certo ponto não é nociva, desde que não fira os princípios
da Palavra deDeus.
III– A UNIDADE DA RAÇA HUMANA E A UNIVERSALIDADE DO PECADO
A
Bíblia declara de forma direta a pecaminosidade universal do homem (1Rs 8.46;
Sl 14.3; 143.2; Ec 7.20; Rm 3.1-12,19,20,23; Gl 3.22; Tg 3.2; 1Jo 1.8,10).
Existem várias passagens que ensinam que o pecado é uma “herança” do homem
desde a hora do seu nascimento, e, portanto, está presente na natureza humana.
(Sl 51.5; Jó 14.4; Jo 3.6; Rm 5.12).
3.1O pecado veio sobre toda a
raça humana. A raça humana fazia parte de Adão em
forma de semente; portanto, quando Adão pecou, pecamos nele, pois: “todos
os homens nascem por natureza pecadores” (Ef 2.1-3). O pecado não ficou
restrito somente a Adão e Eva, mas estendeu-se a toda a raça humana, é o que
chamamos de: “culpa herdada ou imputada” (Rm 5.12). Sendo assim, toda a raça
humana passou a ser pecadora por natureza a partir de Adão. Aos olhos de Deus,
o pecado de Adão foi o pecado de todos os seus descendentes, de modo que eles
nascem como pecadores ( Rm 3.23; 7.23; Ef 2.1-2; Mt 15.18-19; Hb 6.1; 9.14). Devemos
estar vigilantes contra o erro de pensar que Deus criou o homem já na condição
de pecador e culpar a Deus do mal. Esta ideia é claramente excluída pela
Escritura (Jó 34.10; Dt 32.4; Sl 92.16; Tg 1.13), ou como alguns afirmam, que os
homens não nascem pecadores, mas sim, apenas com a tendência ao pecado (isso é
uma heresia chamada de pelagianismo).
O único ser cuja natureza humana não se mostrou corruptível (pecadora)
desde a sua concepção e nascimento foi o Senhor Jesus Cristo (Hb 4.15;7.26).
3.2As consequências do pecado na
raça humana. A consequência mais danosa para o homem,
com entrada do pecado no mundo, foi a morte (Gn 2.17; Rm 5.12-21; 6.16,23; 1Co
15.21,22,56; Tg 1.15). É possível distinguir entre a morte física e a
espiritual (Mt 10.28; Lc 12.4).71 A morte física é uma penalidade ao pecado (Gn
2.17; 3.19; Ez 18.4,20; Rm 5.12-17; 1 Co 15.21,22) e pode vir como um juízo
específico (Gn 6.7,11-13; 1 Cr 10.13,14; At 12.23). (HORTON, 1996, p.296). A
morte não é sinônimo de extinção da personalidade, e sim o meio de separação
entre Deus e os homens. Podemos verificar três estágio na morte: a morte
espiritual, enquanto o homem vive (Ef 2.1,2; 1Tm 5.6), a morte física (Hb 9.27)
e a segunda morte ou a eterna (Mt 25.41; Jo 5,28,29; 2Ts 1,9; Ap21.8).
IV– A UNIDADE DA RAÇA HUMANA E A
UNIVERSALIDADE DASALVAÇÃO
A
Bíblia mostra que a graça salvífica é para toda humanidade (Jó 19.25; Jo 1.29;
4.42; Rm 5.18; 1Tm 4.10; Tt 2.11; Hb 2.9; 1Jo 2.2). Esses e outros textos
mostram tanto a necessidade da salvação como a sua extensão.Vejamos:
4.1A necessidade universal da
salvação. Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os
pecadores (1Tm 1.15), ou seja, por todas as pessoas, visto que todos são
pecadores (Rm 3.23; 5.12); “Porque não me envergonho do evangelho de
Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê;
primeiro do judeu, e também do grego” (Rm 1.16); a
expiação é universal (ilimitada): “[…] Eis o Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo” (Jo 1.29); a graça é universal: “Porque
a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt
2.11); o amor é universal: “Porque Deus amou o mundo […]” (Jo
3.16); e, o evangelho é universal: “[…] Ide por todo o mundo, pregaio evangelho a toda criatura” (Mc
16.15); “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações” (Mt28.19).
4.2A salvação é para toda raça
humana. Como todos somos descendentes de Adão e o
pecado entrou no mundo por ele (Rm 5.12) Assim todos pecaram. Da mesma forma o
Apóstolo Paulo demonstra que a graça salvífica veio para todos: “[...]
assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para
justificação de vida” (Rm 5.18). A salvação é oferecida a todos os
homensindistintamente,Deus não faz acepção de pessoas como afirmou
o apóstoloPedro: “E, abrindo Pedro a boca, disse:
Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas” (At 10.34;
ver Rm 2.11; Ef 6.9; 1Pd 1.17). Sua graça alcança os judeus e os gentios (Rm
3.29; 9.24,30; Gl 3.14; Ef 3.6), não é limitado a um grupo seleto de pessoas,
pois as Escrituras afirmam que Jesus se deu como resgate por todos (1Tm 2.6);
e, que provoua morte por todos: “[…]
Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da
morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos” (Hb
2.9) (ver Jo 7.37; 1Tm 4.10; 2Pd 3.9; 1Jo 1.9 – 2.2;4.14).
CONCLUSÃO
Concluímos
portanto, através das páginas das Escrituras Sagradas, que Deus criou a
humanidade de um único casal (Adão e Eva); e que, no momento em que homem pecou
toda raça humana foi afetada pelo pecado. No entanto, o Senhor providenciou a
salvação na pessoa de Cristo Jesus para redimir a humanidade, assim nos afirma
o texto áureo da Bíblia: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que
deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
Neste último domingo, 12 de Janeiro, foi realizado o encerramento do 4º aniversário do conjunto Elshadai da congregação de Aroeiras, pertencente a filial de João Alfredo, sob a presidência do Pastor Ailton José Alves e Coordenação Local do Evangelista Severino Lourenço, tendo por Dirigentes o Diácono Leandro Moura e o Auxiliar Ginaldo Alves, com a presença da cantora Irmã Auricélia Silva, e o conjunto de Jovens vindo da Congregação dos Freitas da filial em Bom Jardim.