terça-feira, 24 de março de 2020

LIÇÃO DO 2º TRIMESTRE DE 2020 E SUGESTÕES DE LEITURA E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Paz do Senhor a todos, segue a imagem e os temas que serão trabalhados no próximo trimestre, assim como a sugestão de leitura de algumas referências bibliográficas para leitura e subsídio do 2º trimestre de 2020. Bons estudos, e que Deus continue abençoando cada professor e professora da Escola Dominical.

Dicas para os professores da Escola Dominical 

1) Dedique ao ensino, desenvolva sua metodologia e a forma como você irá abordar o conteúdo com antecedência, porém antes de estudar a lição, ore e peça sabedoria ao Espírito Santo pois sem Ele nada podemos fazer;

2) Procure orar pelos seus alunos para que Deus desperte neles o interesse e a dedicação no estudo da palavra de Deus;

3) Leia sempre a Bíblia, procure ler o livro sagrada a cada dia, monte um plano de leitura anual da Palavra de Deus e leia-a por completo, sempre refletindo e meditando no texto sagrado;

4) Use sempre dicionários, seja da língua portuguesa ou dicionários teológicos pois é importantíssimo o conhecimento do significado das palavras;

5) Use sempre bons materiais de referência, como o livro do trimestre, os livros indicados pelo comentarista da lição entre outros, porém sempre use por referência e base a Bíblia Sagrada;

6) Antes de começar a aula, comece perguntando a classe como foi a semana de cada um deles, e se possível faça uma oração com a classe pelo problema ou dificuldade que algum deles esteja enfrentando;

7) procure conversar com os alunos que estão faltando, entre em contato e incentive-os para que possam retomar a caminha e o aprendizado na EBD.

LIÇÃO 2º TRIMESTRE 2020

 

O currículo de Escola Dominical CPAD é um aprendizado que acompanha toda a família. A cada trimestre, um reforço espiritual para aqueles que desejam edificar suas vidas na Palavra de Deus. Neste 2º trimestre de 2020, estudaremos: A Igreja Eleita - Redimida Pelo Sangue de Cristo e Selada com o Espírito Santo da Promessa. Comentarista :Douglas Baptista


Sumário
Lição 1 : Carta aos Efésios – Saudação aos Destinatários
Lição 2 : A Sublimidade das Bênçãos Espirituais em Cristo
Lição 3 : Eleição e Predestinação
Lição 4 : A Iluminação Espiritual do Crente
Lição 5 : Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo
Lição 6 : A Condição dos Gentios sem Deus
Lição 7 : Cristo é a nossa Reconciliação com Deus
Lição 8 : Edificados sobre o Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas
Lição 9 : O Mistério da Unidade Revelado
Lição 10 : A Intercessão pelos Efésios
Lição 11 : Atributos da Unidade da Fé: Humildade, Mansidão e Longanimidade
Lição 12 : A Conduta do Crente em Relação à Família
Lição 13 : A Batalha Espiritual e as Armas do Crente

SUGESTÕES DE LEITURA E DE ESTUDO

BÍBLIAS DE ESTUDO


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LIVRO DE APOIO DA LIÇÃO

 

LIVROS RELACIONADOS AO TEMA DA LIÇÃO

 

 

COMENTÁRIOS BÍBLICOS DE REFERÊNCIA

 

 

LIVROS DE SUBSIDIO TEOLÓGICO

 

 

  

DICIONÁRIOS E LIVROS HISTÓRICOS-GEOGRAFICOS

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 FONTE: LIVROS EDITADOS PELA CPAD, E EDITORA VIDA NOVA, E EDITORA VIDA.

LIÇÃO 13 – O NOVO HOMEM EM JESUS CRISTO - 1º TRIMESTRE DE 2020



INTRODUÇÃO

Nesta última lição do trimestre falaremos sobre o novo nascimento; definiremos a regeneração; a necessidade que todos os homens tem de nascer de novo; as características deste ato; quais os instrumentos que Deus usa para operar o novo nascimento no pecador; e, por fim, pontuaremos a guerra que existe no interior do crente entre a velha e a nova natureza e o que devemos fazer para subjugarmos a inclinação da natureza pecaminosa.

I  – DEFININDO REGENERAÇÃO

             Teologicamente o “novo nascimento” ou “regeneração” é: “o milagre que se dá na vida de quem aceita  a Cristo, tornando-o participante da vida e da natureza divina. Através da regeneração o homem passa a desfrutar de um nova realidade espiritual” (ANDRADE, 2006, p. 317 – acréscimo nosso). A palavra regeneração no grego é “palinginésia” formada da expressão pálin”, 'novamente', e “génesis”, 'nascimento', significa portanto: “novo nascimento”. O Pastor Eurico Bergstén (2016, p. 174) diz que: “a regeneração ou novo nascimento significa o ato sobrenatural em que o homem é gerado por Deus (1Jo 5.18) para ser seu filho (Jo 1.12) e participante da natureza divina (2Pd 1.4)”. A doutrina da regeneração é bíblica e foi ensinada por Jesus e pelos seus santos apóstolos (Jo 3.3,7; 2Co 5.17; Gl 6.15; Jo 1.12.13; Ef 2.1,5; Cl 2.13; Tt 3.5; Tg 1.18; 1Pd 1.23).

II  – A NECESSIDADE DA REGENERAÇÃO


            Deus criou os seres humanos em um estado de perfeição: “Deus fez ao homem reto” (Ec 7.29-a). Uma das características que Deus concedeu ao homem foi o poder do livre arbítrio (Gn 2.16). O primeiro casal fez uso da liberdade e quis desobedecer a Deus (Gn 3.1-6). O que seguiu-se a este mau uso da liberdade humana foi um estado de pecaminosidade, do qual não podemos escapar e reverter sem o auxílio divino. Dentre as consequências que o pecado trouxe ao homem, a principal delas, foi a morte espiritual (Gn 2.16,17; 3.2,3; Rm 6.23). A morte espiritual é a separação espiritual de Deus (Is 59.2). Como toda a humanidade estava representada em Adão, quando ele caiu em transgressão, também toda a humanidade caiu com ele. O apóstolo Paulo deixa isso bem claro quando assevera: “por um homem entrou o pecado [...] por isso que todos pecaram” (Rm 5.12). Confira também: (Rm 2.10-12; 3.23; 5.13-16). Geisler (2010, p.104) acrescenta dizendo: “todo descendente de Adão — toda pessoa nascida de pais naturais desde o tempo da Queda — também está espiritualmente morto”. Diante de tal situação espiritual de morte, faz-se necessário o homem nascer espiritualmente de novo. Portanto, a regeneração é uma necessidade a todos os homens (Jo 3.3,5). Vejamos:

2.1   Sem o novo nascimento o homem permanece morto espiritualmente. Paulo diz que o homem não regenerado “está morto em delitos e pecados” (Ef 2.1,5). Vale salientar que essa “morte” não é a incapacidade de corresponder ao chamado de Deus, mas a separação espiritual da presença dEle (Is 59.2; Rm 3.23). Paulo disse que o homem nessa condição não compreende as coisas de Deus (1Co 2.14). O pecador só pode ser vivificado, quando exposto a pregação da Palavra que ilumina o seu entendimento (Ef 1.18; 6.4; 2Co 6.4), até então obscurecido pelo pecado (Ef 4.18) e pelo diabo (2Co 4.4).  No entanto, mesmo sendo iluminado, a pessoa pode optar por aceitar ou rejeitar o plano da salvação (Mt 16.24; Jo 7.37; Ap 22.17).

2.2   Sem o novo nascimento, o homem não tem acesso ao Reino de Deus. Por melhor que seja uma pessoa, ela não pode produzir sua salvação (Is 64.6; Tt 3.5). Jesus declarou ao religioso Nicodemos três vezes que “é necessário nascer de novo” (Jo 3.3,5,7). Moody (sd, p. 18) diz que esta “não é simplesmente uma exigência pessoal, mas universal”. Segundo o Mestre Jesus, o novo nascimento é necessário porque: (a) sem ele o homem não pode ver o Reino de Deus (Jo 3.3); e, (b) tampouco entrar nele (Jo 3.5). O homem do jeito que está não pode ter acesso ao Reino de Deus, pois é “filho da ira por natureza” (Ef 2.3); e, andando na carne não pode agradar a Deus (Rm 8.8). Somente quando nasce de novo, este homem é criado em verdadeira justiça e santidade requeridas por Deus para que tenha acesso ao Reino (Ef 4.24).

III  – CARACTERÍSTICAS DA REGENERAÇÃO

3.1          Um ato espiritual. A desobediência humana recebeu como sentença a morte, tanto física quanto espiritual (Gn 2.16,17; Ez 18.4; Rm 6.23; Ef 2.1,5). Essa morte espiritual implica na separação da presença de Deus (Rm 3.23). Portanto, “morto espiritualmente” o homem necessita “nascer de novo” espiritualmente para ter comunhão com Deus. Por isso, no discurso de Jesus com Nicodemos o Mestre lhe diz: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3). Segundo Beacon (2006, p. 49 – acréscimo nosso) a palavra traduzida como “de novo” é “anothen”, que tem vários significados e um deles é: “de cima”. Acerca disso Wilmington (2015, pp. 362,363) diz que: “o Messias estaria, então, dizendo que o único requisito para viver nesta terra é ter um nascimento físico; igualmente, o único requisito para viver um dia nos céus é ter um nascimento espiritual”. Esse “nascer do Espírito” em nada tem a ver com a reencarnação, que é um ensinamento que não encontra apoio nas Escrituras (2Sm 12.21-23; Hb 9.27). Aliás, Nicodemos perguntou se a regeneração era vir de novo a vida fisicamente, voltando ao ventre materno (Jo 3.4). Jesus respondeu dizendo “o que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo 3.6).
3.2         Um ato interior. Os profetas predisseram este ato sobrenatural (Dt 30.6; Jr 24.7; Ez 11.19; 36.26,27). Embora o Antigo Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia emprega várias figuras de linguagem para descrever o que acontece no novo nascimento. Nestas passagens bíblicas o novo nascimento é comparado a uma “cirurgia interior”. Deixando claro que a regeneração é um ato divino operado pelo Espírito Santo no espírito do homem. Macgrath (2010, p. 525), diz: “a regeneração altera a natureza interior do pecador” (Gl 5.16,17; Cl 3.5; 1Pd 2.11; 2Pd 1.4; 1Jo 3.9; 5.18).

3.3        Um ato instantâneo e distinto. Diferente da santificação que é um processo, a regeneração é um ato instantâneo. A palavra “instantâneo” segundo o Aurélio significa: “que se dá num instante; rápido; súbito” (2004, p. 1113). O apóstolo Paulo nos diz: “assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é [...]” (2Co 5.17). É bom destacar também que a regeneração é uma etapa da salvação distinta da justificação, da santificação e da glorificação. A ordem segue-se assim: primeiro “o pecador é declarado justo” (justificação); em seguida “ele é feito justo” (regeneração); depois “ele vai se tornando justo” (santificação); e, por fim, ele “será perfeitamente justo” (glorificação).

IV  – COMO SE DÁ A REGENERAÇÃO

          O novo nascimento não é produzido pelo próprio homem, nem pela religião, centros de ressocialização ou qualquer outro meio terreno. Abaixo destacaremos os meios pelos quais o homem pode ser regenerado:

4.1   Pela Palavra de Deus (O instrumento da Regeneração). O Mestre Jesus ensinou que o novo nascimento é operado através da Palavra de Deus (Jo 3.5). A água de que fala o Senhor é meramente um símbolo de purificação, como ensinava  o AT. Logo, esta água aqui é símbolo da Palavra (Jo 15.3; Ef 5.26) e não as águas do batismo. O batismo em si não pode lavar pecados nem regenerar o pecador. Na verdade a Palavra de Deus é a divina semente (1Pd 1.23) e o agente purificador (Jo 15.3; 17.17). Quando ela é aplicada em nosso coração pelo Espírito Santo, acontece o milagre do novo nascimento. É o que Tiago nos diz: “[…] ele nos gerou pela palavra da verdade […]” (Tg 1.18). A expressão “palavra da verdade” refere-se ao Evangelho (2Co 6.7; Cl 1.5; 2Tm 2.15).

4.2   Pelo Espírito Santo (O agente da Regeneração). A regeneração é mencionada nas Escrituras como uma ação do Espírito. No AT os profetas falaram dessa atividade do Espírito Santo (Is 32.15; Ez 36.27; 37.14; 39.29; Zc 12.10). Jesus disse a Nicodemos que o homem precisa “nascer da água e do Espírito” (Jo 3.5). O apóstolo Paulo também ensinou isto (Ef 4.24; Tt 3.5). O Espírito Santo esteve presente na criação do homem (Gn 2.7; Jó 33.4); de igual modo está presente na recriação deste homem (Jo 3.5; 20.22). A menção ao vento, aludindo a atividade do Espírito mostra que se trata de algo sobrenatural (Jo 3.8). Veja também (Ez 37.9; At 2.2).

V  A VELHA E A NOVA NATUREZA 

5.1  A velha natureza. Também chamada de carne, no grego “sarx”. Nas Sagradas Escrituras, o termo é usado tanto para descrever a natureza humana, como para qualificar o princípio que está sempre disposto a opor-se ao Espírito. Tal propensão para as práticas pecaminosas herdamos de Adão, que quando transgrediu afetou toda a raça humana (Gn 4.7; 8.21; Sl 51.5; Rm 7.18). Acerca dessa “natureza” a Bíblia nos orienta a não andarmos segundo seus impulsos (Rm 8.1-a); mas, nos despojarmos dela (Ef 4.22); e, fazer morrer seus desejos (Cl 3.5).

5.2  A nova natureza. Esta nova natureza é fruto da regeneração ou novo nascimento, ato que se dá na vida de quem aceita a Cristo, tornando-o participante da vida e da natureza divinas. Esta nova vida nos é transmitida pelo Espírito (Jo 3.8; Tt 3.5). Tal ato é concedido ao crente quando pelo Espírito, ele desliga o pecador de Adão e o conecta com Cristo (1Co 12.13). Paulo ilustra tal mudança de condição quando diz que éramos zambujeiro, mas fomos enxertados na boa oliveira que é Cristo, e por meio da sua seiva, o Espírito Santo, podemos produzir bons frutos (Rm 11.17-24; Gl 5.22).

5.3   A guerra interior. Fomos salvos da condenação e do poder do pecado, mas não ainda da presença do pecado (Rm 7.18,23). No campo do nosso interior ainda se trava uma guerra, um conflito permanente entre a carne e o Espírito. Eles são opostos entre si. Paulo tratou da guerra interior que existe em cada cristão com as suas duas naturezas (Rm 7.22.23; Gl 5.17). Nessa batalha “carne versus espírito”, vencerá aquele que dermos a maior preferência (Gl 5.16).

CONCLUSÃO

           O pecado atingiu o homem e o destituiu da glória de Deus. Todavia, Deus tomou a iniciativa de restaurar a comunhão outrora perdida com o homem, através do evangelho, que iluminando o entendimento humano, pode vivificá-lo, transformar o seu interior e levá-lo a ser participante da natureza divina.


REFERÊNCIAS

  • ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
  • GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. CPAD.
  •  MCGRATH, Alister E. Teologia sistemática, Histórica e Filosófica. SHEDD.
  • MOODY, D. L. Comentário Bíblico de João. PDF.
  • STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

Fonte: Departamento da Escola Dominical, IEADPE

Vídeo de apoio

 
Pr. Claudionor de Andrade (Comentarista da Lição)